1986: Revoada de óvnis

* Cesar Vanucci

“Estou convencido de que haverá um contato entre nossa Humanidade e alguma civilização extraterrestre”. (Brig. Moreira Lima, ex-comandante da FAB).

Trago hoje, como prometido, relato sobre a revoada dos óvnis nos céus brasileiros. Ocorreu entre Brasília, São Paulo, Minas, Rio e Goiás.
Pilotos das esquadrilhas de interceptação da Defesa Aérea, comandantes de aviões de carreira, um ministro de Estado especialista em aviação, aviadores civis a bordo de aeronaves de pequeno porte, técnicos do Sistema de Controle do Tráfego Aéreo figuram como testemunhas das desnorteantes aparições. Os fatos ganharam estrondosa divulgação e a FAB sentiu-se na obrigação de emitir comunicado com explicações detalhadas para outro momento. As explicações demoraram vir a público. Mas a declaração enfática dada tempos depois pelo brigadeiro Moreira Lima, à época Ministro da Aeronáutica, revigorou a certeza de que, “disco-voador é assunto que merece ser tratado com a máxima seriedade”. Entrevistado na extinta Rede Manchete, pela jornalista Rejane Schumann, na presença do ufólogo Marco Antônio Petit, Moreira Lima assinalou, ao lado de outras surpreendentes revelações, estar “convencido de que dentro das próximas décadas haverá um contato entre nossa Humanidade e alguma civilização extraterrestre.”
Reproduzo, na sequencia, trechos de reportagem da UOL, em maio de 2021, contendo palpitantes revelações acerca do extraordinário episódio.
• – A noite de 19 de maio de 1986 representa um marco na ufologia brasileira. Há 35 anos, acontecia o que ficou conhecida como a “noite oficial dos óvnis”, quando 21 objetos não identificados, alguns deles com até 100 metros de diâmetro, foram avistados em diversas rotas aéreas.
Os registros feitos pela Aeronáutica revelam que esse fenômeno ocorreu em SP, Goiás, RJ, Paraná. (…)
Uma das coisas mais espantosas era que sempre que um avião se aproximava, as luzes fugiam. Os objetos chegavam a atingir velocidades superiores à do som, e voavam em zigue-zague, algo praticamente impossível a altas velocidades. Além da sólida documentação e do grande número de testemunhos, houve registro nos radares, o que torna todo o mistério envolvendo essas luzes, mais impressionante.
O Pesquisador Jackson Luiz Camargo se dedicou ao tema nos últimos anos, e realizou um levantamento com informações além das que já constam nos relatórios oficiais. O Autor do livro “A Noite Oficial dos UFOs no Brasil”, trouxe novas revelações sobre aquela noite .São sete horas de gravação entre os pilotos da Aeronáutica e os centros e torres de controle. Com as informações contidas nos diálogos, Camargo fez um mapa do posicionamento dos objetos, apontando velocidade e deslocamento dos óvnis. Houve mais desses objetos e em mais regiões além daquelas já registradas. Em Minas Gerais, há registros de avistamentos dessas luzes por moradores de Araxá e Uberlândia, por exemplo. Piloto que sobrevoava a região relatou que um dos óvnis voou na direção de seu avião, o que lhe causou grande susto. Camargo também apurou que, no mesmo período, caças do Uruguai perseguiram objetos luminosos pelos céus do país.
Sobre o tamanho dos objetos, eles chegariam a cem metros de diâmetro. A informação foi constituída a partir dos dados de radar fornecidos pelos pilotos de caças da FAB. Esse tamanho é maior que o dos aviões Boeing 747 e Airbus A380, alguns dos maiores aviões de passageiros do mundo. “Ainda hoje não tem nenhuma aeronave que consiga reproduzir as manobras que foram documentadas naquela noite. O que a gente pode dizer é que esses objetos não são tecnologia terrestre, de nações da terra”, diz Camargo.

Temos ai mais um indicio eloquente de que não estamos, a humanidade deste conturbado planeta azul, uma ilhota perdida num infinito oceano, sós no Universo.
Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

VIRGÍLIO GALASSI

Antônio Pereira – Jornalista e escritor – Uberlândia – MG

O agropecuarista Virgílio Galassi nasceu em São Paulo, no dia 7 de agosto de 1.923. Aos seis meses de idade veio para Uberabinha em companhia de seus pais, Francisco Galassi e Blanche Galassi. Estudou no Grupo Escolar Bueno Brandão e no Colégio Estadual. Seu primeiro trabalho foi na roça, em Araguari, num pequeno pedaço de terra, parte de herança familiar. Depois, aos 17 anos, foi plantar algodão em Capinópolis onde perdeu tudo pelas condições adversas da natureza. Trabalhou, ainda, no comércio de cereais. Em Uberlândia, trabalhou na Xarqueada Omega, de Nicomedes Alves dos Santos e João Naves de Ávila. Casou-se, aos 23 anos, com Maria Luiza Santos Galassi. Tiveram os filhos Regina, Rejane e Paulo.
Passou a dedicar-se ao comércio imobiliário com o sogro.
Em 1.962, por insistência do sogro, Nicomedes Alves dos Santos, candidatou-se à vereança, sendo o candidato mais votado da cidade. Assumiu, por isso, como era costume, a presidência da Casa. Antes de vencer seu mandato foi nomeado presidente do Instituto do Desenvolvimento Agrário (INDA), cargo que exerceu de 1.967 a 1.969.
Em 1.971, candidatou-se a Prefeito Municipal para um mandato tampão de 1.971 a 72. Foi eleito e sucedeu a Renato de Freitas. Em 1.976 novamente foi candidato e venceu as eleições para a gestão de 1.977 a 82. Sucedeu, outra vez, a Renato de Freitas. Em 1.986 foi eleito Deputado Federal Constituinte. Renunciou em 1.988 para candidatar-se a prefeito, mais uma vez e, de novo, foi eleito sucedendo a Zaire Rezende. No final desse governo, apoiou a candidatura de Paulo Ferolla e conseguiu eleger o seu sucessor. Ferolla criou a Secretaria do Desenvolvimento e entregou-a a Virgílio Galassi.
Em 1.996, Virgílio Galassi candidatou-se pela quarta vez e pela quarta vez foi eleito, inda que com muita dificuldade, concorrendo com outro ex-prefeito, Zaire Rezende. A diferença foi de apenas 700 votos.
Sua linha política foi rígida e fiel. Era udenista, partido pelo qual foi eleito no início de sua carreira política. Depois se passou para a ARENA, seguimento natural dos filiados à UDN e, por fim, ao PSD, que mantinha à época de sua filiação ligações com a extinta UDN. Seus modelos políticos foram, em sequência: Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Castelo Branco e Fernando Henrique Cardoso.
Virgílio Galassi era possuído do espírito de Uberlândia, ou seja, aquele sentimento que se apoia num passado de esforços e sonhos e projeta um futuro de qualidade e desenvolvimento para a cidade. Lutava num mundo de sonhos e de esperanças. Tinha, do político mineiro, a matreira capacidade de conquistar. De trazer o inimigo pra perto. De convencer. De espalhar amizade. Um feixe de carisma.
Suas atividades, suas realizações foram amplas.
Vereador, presidente da Câmara, prefeito quatro vezes, deputado federal constituinte, Secretário Municipal do Desenvolvimento, Diretor do INDA (INCRA), 2 vezes vice-diretor da FAEMG, presidente do Sindicato Rural de Uberlândia, membro do Conselho Universitário da Universidade Federal de Uberlândia, membro do Conselho da ERMIG (CEMIG). Uma bela carreira política.
Deixou muitos feitos, mas, para sugerir a sua dimensão, citem-se apenas a criação do Parque do Sabiá, sua maior obra, de maior alcance social, sua ativa participação na fundação da Escola de Medicina, a construção dos estádios João Havelange e Airton Borges, a construção de milhares de casas populares, a construção do Centro Administrativo, a construção da avenida Rondon Pacheco, o asfaltamento da avenida João Naves de Ávila, o saneamento dos córregos da Lagoinha e de São Pedro, a Escola Agro Técnica, saneamentos, asfaltamentos, ampliações na Universidade. Com ele começou a instalação do 17º Batalhão da Polícia Militar, fez convênios para a ampliação do Distrito Industrial, ampliou a rede escolar e distribuiu milhares de bolsas para estudantes carentes. Instalou a estação de tratamento da água do Bom Jardim.
Seus méritos, suas condecorações foram inúmeras. Recebeu vários títulos de Cidadão Honorário de cidades vizinhas, e as Medalhas Alferes Joaquim José da Silva Xavier concedida pelo Comando Geral da Polícia Militar de Minas Gerais; Santos Dumont, pelo Ministério da Aeronáutica; Medalha do Pacificador, outorgada pelo Ministério do Exército.
Virgílio Galássi faleceu no dia 3 de janeiro de 2008, com 84 anos de idade. Padecia de câncer no pâncreas e foi acometido de uma pneumonia, agravando-se o seu estado. Deixou viúva, três filhos, netos e bisnetos.
Por Decreto Legislativo n. 212/2.000, foi declarado pela Câmara Municipal, “Prefeito do Século”, no dia 14 de agosto de 2.000 (Fontes: Jornais da época, Tito Teixeira).

A DESFORRA DE LULA

Gustavo Hoffay – Agente Social

Dois Anos (?) depois surge um relatório ( ou “enrolatório” ?) que indicia criminalmente , por atentado à democracia, o ex-presidente Bolsonaro, o seu vice Braga Neto e pouco mais de três dezenas de pessoas. Uma nebulosa fantasia petista criada para servir de desforra do atual presidente, pela sua “injusta” condenação a nove anos e seis meses de cadeia, muito embora aquele criminoso tenha puxado apenas dezenove meses na prisão e graças a algumas sinistras manobras . Francamente….A nossa democracia está, literalmente, ajoelhando-se ante decisões monocráticas duvidosas e originadas de gabinetes palacianos, o que traz-nos a triste memória do fatídico ano de 1.964! É algo absolutamente incompreensível que uma pessoa, ex-presidente da república ou não, seja indiciada por planejar um envenenamento que nunca houve e um atentado à bomba planejado e executado por um lobo solitário. Além do que, ainda pesam sobre o ex-presidente Bolsonaro três outras acusações e entre elas a abolição violenta do estado democrático de direito. Meu Deus! Ah…por falar em Deus e a exemplo do ditador Daniel Ortega ( amigo de Lula), até um padre está sendo indiciado por aquele socialista que está momentaneamente no poder em Brasília! E lembremo-nos que José Dirceu foi inocentado, que as provas contra Lula foram jogadas ao lixo durante a Lava-Jato e que o PT está pedindo ( ou ordenando?) o arquivamento do projeto de lei de anistia dos condenados no caso da invasão das sedes dos Três Poderes. Seria tudo uma mera coincidência? Tudo isso ocorre enquanto serve também como a uma cortina de fumaça diante da alta da inflação e da criminalidade, da crise diplomática com a Venezuela, do racismo e de uma recomposição salarial exigida pelos militares que não sai do papel. Pergunto: quem está dando as ordens neste país e sob o olhar passivo do Congresso Nacional? Meu Deus, restabeleça-se a Ordem e o Progresso na terra de Macunaíma! A situação política no Brasil deve ser encarada com muita e muita preocupação pela grande maioria dos brasileiros e mesmo por governos democráticos de todo o mundo, sim! Especialmente nós, tupiniquins, não formamos um corpo sem entranhas e que alimenta-se de ilusões como promessas de picanha e cerveja barata; temos vísceras, estômago e também somos movidos pela verdade, não por discursos ou falácias.Basta! Nossa democracia, duramente reconquistada pelo povo nas ruas, com a arma do entendimento e da esperança, está duramente ameaçada…sim! Que os espíritos de Rui Barbosa, Sobral Pinto, Ulysses Guimarães, San Tiago Dantas e de tantos outros brasileiros ilustres, personalidades que incorporaram como poucos o senso de justiça, democracia e honestidade, proteja-nos da ânsia pelo poder esmagador de uma minoria que se acha dona deste país e do nosso destino.

AS FARTAS TETAS DO GOVERNO

Da forma de qualquer outro país, o nosso Brasil sempre teve de lidar com diversos males que, facilmente, poderiam ter sido evitados ou combatidos de maneira simples e eficaz. Mas dentre eles existe um, um só, entre outros, que destaco com veemência: o tal do paternalismo! Sim, aquilo que é usado para beneficiar com um emprego na administração pública, o parente ou o amigo do sobrinho do primo de um afilhado político ou, também, aquele afilhado de casamento ou batizado, além de candidatos da situação que perderam a eleição para vereador mas que puxaram votos para o candidato ao cargo de prefeito; pessoas, enfim, que não têm sequer a metade dos requisitos que seriam necessários para vir a ocupar determinada e honorável vaga e a qual, meritoriamente, deveria ser preenchida por quem especializou-se na função ora em vacância e desde que aprovado em concurso público; nesse momento a comprovação de anos de estudo pelo profissional, dos seus bons resultados em testes, trabalhos e provas na faculdade são absolutamente dispensáveis e chegam a ser amarrados junto aos seus invejáveis currículos a uma pedra e em seguida atirados em direção ao fundo da lagoa do Parque do Sabiá. Amigos, o Brasil vive há décadas ( ou séculos?) uma situação que – devido a um paternalismo irracional e inconseqüente – vem ocasionando e acumulando prejuízos em cadeia a quem dele provisoriamente beneficia-se e a empresas públicas ou de economia mista que acolhem afilhados de seus confrades, geralmente sem o devido preparo para virem a ocupar os tais cargos de confiança; daí dizer-se que foram empregados no serviço público graças unicamente ao seu elevado Q.I (“Questão de Indicação”) e nunca por “Questão de Inteligência”! E quanto ao paternalismo familiar? Conheci e ainda conheço pais que custeiam ou já custearam a vida dos seus “maiores abandonados”, “coitadinhos”que deleitam-se com mesadas polpudas e sequer preocupam-se em tirar os seus rebentos daquela cômoda situação. Há outros jovens naquela privilegiada situação que, trabalhando ( contrariados) e alegando insatisfação com o baixo salário, exigem dos seus pais o custeio de suas despesas pessoais. Penso, sinceramente, tratar-se de pais frustrados na sua juventude e que agora agem na busca por compensar o que também faltou-lhes, não negando mesadas aos filhos de dezoito aninhos ou mais e daí reforçando o hábito de uma infeliz dependência financeira! Conheci, recentemente, um pai que com ares de orgulho anunciava a todos os seus colegas e amigos, que passara a destinar aos seus dois filhos adolescentes uma quota mensal em qualquer dos melhores motéis desta nossa Uberlândia! Sou do tempo em que os jovens orgulhavam-se de dizer que trabalhavam para sustentar os próprios estudos, vestuário e diversão, ainda que a duras penas; e se moravam na companhia dos pais, ajudavam no que fosse preciso e da maneira que pudessem. Já na relação entre governados e governantes sempre imperou um certo grau de paternalismo nas tais indicações mas, de algum tempo prá cá, os privilegiados marajás ( com algumas exceções ) e em função de baixos salários enquanto lotados em alguma repartição pública, fingem que trabalham e ainda reclamam da qualidade do lanche que lhes é servido e até do ar-condicionado da seção onde tem o costume de marcar o seu ponto. O vexaminoso e obsceno paternalismo está disseminado e parece não ter mais volta; dispersou-se principalmente em prefeituras e outras empresas públicas e de economia mista a nível municipal, haja visto a quantidade de pessoas a elas encaminhadas a partir de cada nova eleição política, em função dos cargos de comissão distribuídos a partidos que apoiaram os políticos eleitos. E agindo cada vez mais demagógica e ironicamente, representantes do alto escalão governamental e de todas as esferas do poder proporcionam tudo isso às nossas custas; francamente! Numa sociedade capitalista há a necessidade que o dinheiro gire e gere mais dinheiro e a distribuição de renda seja justa, mas a praga do paternalismo impede um avanço mais lucrativo e ordeiro em função do despreparo dos tais afilhados políticos e que assumiram cargos públicos devido unicamente ao seu “Q.I” (Questão de Indicação). Confesso ter exercido, duas vezes e em diferentes ocasiões, cargos a título de comissão partidária mas, juro, envergonhado com o acanhado expediente de tarefas e a alta remuneração, em pouco tempo me demiti e tornei à iniciativa privada. Termino parafraseando Kennedy:-“É preciso, cada vez mais, que procuremos saber o que fazer pelo povo ao contrário de simplesmente continuarmos mamando nas fartas tetas do “papi” governo e enquanto acomodados em nossos cargos…de confiança”

Gustavo Hoffay
Agente Social
Uberlândia-MG

COMENTÁRIOS DE LEITORES

Ana Coelho Carvalho – Bióloga – Uberlândia – MG

Uma das recompensas ao escrever crônicas é receber os comentários dos leitores. Alguns são tão interessantes que vale a pena divulgá-los.
Por exemplo, na última crônica que escrevi, “Brazilian thong”, sobre a mania que temos de guardar e usar coisas velhas, os comentários foram divertidos e variados. Muitas leitoras contaram que guardam o umbigo dos filhos e que , de maneira alguma, aconteça o que acontecer, irão descartá-los. Uma, que mora na fazenda, contou que sua mãe enterrou seu umbigo no mourão da porteira do curral, para ter muito gado, mas que ela não conseguiu enterrar o da filha. Outra relatou um caso assustador, do enterro de um homem de 33 anos que tinha um bebê de um ano. O bebê estava num quarto ao lado da sala do velório. As pessoas escutavam o choro do bebê, iam olhar e ele estava dormindo tranquilo. Depois de várias repetições desse fato, resolveram olhar nos bolsos do paletó do morto. O umbigo do bebê estava lá! Retiraram o umbigo seco do bolso e o choro parou, cruzes! Já outra escreveu que está é perdida, pois além dos umbigos, guarda todos os escritos dos filhos, desde os rabiscos do pré até as provas do curso superior. E uma professora universitária contou que conserva toda a tonelada de papel de sua vida acadêmica. Caiu na bobagem de perguntar ao marido o que ele faria se ela morresse primeiro, e ele: “Coloco tudo dentro de uma caçamba e jogo fora” . É isso aí, pra que ela foi perguntar…Igual áquela pergunta fatídica que os homens não devem fazer ás mulheres: – ” Você tem que escolher: prefere eu ou o cachorro? ” Outra leitora escreveu bonito, que estava fazendo o exercício de guardar apenas memórias e pessoas queridas no coração. E uma contou um longo caso de um enterro no qual o morto estava vestido com o paletó do seu marido. Por precaução, ela resolveu olhar nos bolsos. Encontrou um pacote de notas guardadas, que por pouco não foram enterradas.
E as roupas velhas? A maioria dos comentários das leitoras foi de que passariam a usar só calcinhas e camisolas novas e bonitas, pois vai que…Mas uma leitora, teimosa, disse que continuaria com suas camisolas desgastadas e desbotadas mesmo, pois eram as mais confortáveis. E outra contou uma história : a filha estava muito atrasada para a escola, ela levantou-se apressada, com os cabelos desgrenhados, de meia e um pijama velho horrível, quadriculado. Colocou por cima um roupão mais horrível ainda, calçou as chinelas havaianas nos pés com meia, entraram apressadas no carro e lá se foram. Tiveram que parar na casa do ex -marido, que não se conforma com o divórcio, para a filha pegar algo. Ele, o ex, abriu a porta e quase morreu de susto ao vê-la naqueles trajes. A leitora concluiu que foi ótimo, talvez assim ele a esqueça (a feiúra às vezes pode ser útil). Ah, e tem também o relato de um médico, sobre pacientes que chegam pra consulta bem vestidos e arrumados. Mas quando tiram a roupa para o exame médico, é um susto só. Cada cueca velha, parecendo funil, deixando tudo de fora. Sem falar das mulheres de calça comprida que revelam as pernas cabeludas ou ensebadas de creme que não tem nem como examinar os joelhos, de tão escorregadios. E o caso que contou, do homem que foi acidentado e quando tiraram a roupa dele, no hospital, estava com a calcinha da esposa? Ainda bem que era da esposa.
Também apareceram comentários indignados sobre o japonês que colecionava as calcinhas, sobre as risadas gostosas que os leitores davam, e outros mais genéricos, como este elogio : “Ana, você é uma observadora do aqui e agora, com sua incrível e especial pincelada de alegria. Os assuntos mais doloridos são transmutados em festa”. Adorei.
Quanto às coisas velhas que vamos guardando nas gavetas, gostei sobretudo de um texto do Mário Quintana, enviado por uma leitora que justificava-o…