por uberlandiahoje | set 27, 2024 | Últimas Notícias |
Construção de barraginhas e uso de plantas de cobertura do solo estão entre as recomendações da Emater
GOV. MG.
As mudanças climáticas, com efeitos cada vez mais intensos, demandam ações para garantir a produção agrícola e a preservação dos recursos naturais. O setor agropecuário, em particular, tem se reinventado para assegurar a sustentabilidade no campo e a oferta regular de alimentos para a população. Neste cenário, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) desempenha um papel fundamental, implementando técnicas de convivência com a seca e apoiando os produtores rurais na adaptação a essa nova realidade.
“Este ano, as alterações se concentraram, principalmente, num aumento de temperatura média e num déficit hídrico. Estamos em um período que, normalmente, não chove, mas os últimos meses foram atípicos, com o solo apresentando um déficit hídrico maior devido ao aumento do calor”, explica o coordenador técnico estadual da Emater-MG, Bernadino Cangussu.
Segundo ele, a proteção do solo para recarga do lençol freático é essencial para garantir boa produção em locais com estiagens constantes. “O solo é a principal caixa de armazenamento de água que temos na propriedade”, afirma.
Uma das técnicas incentivadas pela Emater-MG é o uso de plantas de cobertura para melhorar o solo e o sistema de produção. Essas plantas não apenas evitam erosões, mas também buscam nutrientes em camadas mais profundas e aumentam a porosidade do solo, facilitando a infiltração de água.
Desde 2021, a Emater-MG já implementou cerca de 700 unidades demonstrativas com esse sistema em todo o estado. As plantas de cobertura são cultivadas em consórcio com culturas comerciais, como café, frutas e grãos. A técnica consiste em plantar uma mistura de sementes de diversas espécies, manejando-as entre as linhas de cultivo.
“As raízes das plantas de cobertura atingem diferentes profundidades, o que favorece a aeração, quebra a compactação do solo e incorpora matéria orgânica em camadas mais baixas, além de criar galerias que facilitam a infiltração de água”, explica Cangussu, coordenador técnico estadual da Emater-MG.
Ele lembra também que a palhada, que sobra após o corte das plantas de cobertura, protege e ajuda na diminuição da sua temperatura do solo.
A produtora Christina Ribeiro do Valle, do município de Guaranésia, no Sul de Minas, começou a cultivar plantas de cobertura em um cafezal há quatro anos. Ela usa capim braquiária, girassol, nabo forrageiro e milheto. Após roçadas, estas plantas ficam nas entrelinhas do café, protegendo o solo.
“Nunca mais deixo de usar plantas de cobertura. Se você colocar um termômetro no solo descoberto com um calor desses, vai marcar uns 40 graus. Com a cobertura, esta temperatura cai muito. Além disso, no período das chuvas, as plantas de cobertura têm evitado as enxurradas que iam até a estrada. Elas retêm a água”, comenta a produtora.
Outra prática disseminada pela Emater-MG é a construção de bacias de captação de água da chuva, conhecidas como ‘barraginhas’. Esses reservatórios, além de prevenir erosões causadas por enxurradas, ajudam a armazenar e infiltrar a água da chuva, recarregando o lençol freático.
Uma técnica com resultado similar é o terraceamento, popularmente chamado de ‘curva de nível’, geralmente utilizado em áreas com declive. Sua função é reduzir a velocidade das enxurradas durante o período chuvoso, facilitando a infiltração da água. “Quanto mais água armazenada no solo no período das chuvas, mais água disponível durante a estiagem”, alerta o coordenador.
Além das práticas de conservação do solo, a Emater-MG desenvolve ações contínuas nas propriedades rurais para cercamento de nascentes e recomposição das matas ciliares em rios e córregos.
Norte de Minas
A região Norte de Minas tem sido uma das mais castigadas do estado na última década, enfrentando longos períodos de estiagem. Um relatório agroclimático da Emater-MG aponta que, de janeiro a agosto deste ano, cerca de 170 mil famílias de agricultores foram diretamente afetadas pela seca. O estudo na região também identificou o secamento de mais de 300 cursos d’água, incluindo córregos, rios e reservatórios.
Como parte das ações de convivência e mitigação dos efeitos da seca, a Emater-MG está orientando mais de 50 mil produtores na produção de alimentação energética para o rebanho bovino. Entre as iniciativas, estão o plantio de forrageiras, a confecção de silagem e o incentivo ao cultivo de culturas mais adequadas à região, como sorgo forrageiro, palma, mandioca e cana-de-açúcar. Essas ações abrangem 225 municípios, incluindo os vales do Mucuri e Jequitinhonha.
Outra medida implementada nesses locais, em parceria com as prefeituras e a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), foi a abertura de 8,6 mil bacias de captação de água da chuva e a construção de 257 quilômetros de terraços, nos últimos dois anos. Mais de 2 mil hectares ocupados com área de pastagem e de cultura foram conservados com as ‘curvas de nível’.
“Estimamos que esse conjunto de ações vai proporcionar a retenção e infiltração de mais de 12 milhões de metros cúbicos de água por ano”, afirma o gerente regional da Emater-MG em Montes Claros, José Arcanjo Pereira.
Ele lembra que a Emater-MG da região também apoia os produtores na obtenção de crédito rural emergencial, na orientação técnica em projetos de abastecimento de água e nas negociações com instituições financeiras.
Em janeiro de 2024, a empresa também realizou a doação de sementes de feijão para agricultores familiares afetados pela forte estiagem do ano anterior. Mais de 12 mil famílias foram beneficiadas, principalmente das regiões Norte, Noroeste e dos vales do Jequitinhonha, Mucuri e Rio Doce. Cada família recebeu dez quilos de sementes.
Balanço das queimadas
A seca prolongada, aliada ao aumento das temperaturas este ano, foi um ambiente propício para o grande número de focos de queimadas em todo o país. Um levantamento feito pela Emater-MG mostra que, de julho a setembro, o fogo atingiu 110 mil hectares de pastagens em Minas Gerais. A área representa 0,5% do total do estado ocupado com pastos.
Em relação à cana-de-açúcar, foram 50,8 mil hectares atingidos, o equivalente a 5,97% do total da cultura em Minas. O estudo mostra ainda que o fogo foi registrado em 2,1 mil hectares de café (0,26% do total) e 467 hectares de fruticultura (0,55% da área ocupada).
Já as áreas de florestas plantadas registaram 16,8 mil hectares com queimadas, o equivalente a 0,89% do total. O levantamento foi feito em 687 municípios, sendo que 447 (65,1%) registraram algum prejuízo nas atividades agropecuárias causado pelo fogo.
A Emater-MG lançou uma cartilha orientando os produtores rurais sobre os riscos das queimadas. O material alerta que o uso do fogo para qualquer tipo de manejo na propriedade só pode ser feito com a autorização de órgãos competentes. O material está disponível para consulta gratuita na Livraria Virtual, no site da empresa.
por uberlandiahoje | set 27, 2024 | Últimas Notícias |
Média por pessoa passou, mais uma vez, de 300 litros no último sábado (21)
SECOM/PMU
O Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) continua com o alerta para que a população continue fazendo o uso consciente e evite desperdício de água tratada. A autarquia segue com manobras hídricas para manter os reservatórios com níveis satisfatórios e seguir garantindo o abastecimento em Uberlândia, uma vez que o período de estiagem continua e o consumo vem aumentando também em decorrência da onda de calor que afeta a região.
No último sábado (21), a média consumida por habitante passou, mais uma vez, dos 300 litros- quase o triplo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é 110 litros/dia. Destaca-se que as ampliações e melhorias implementadas no sistema de abastecimento de água pela Prefeitura de Uberlândia, por meio do Dmae, vêm sendo fundamentais para suprir a demanda. Entretanto, é necessário que a população também colabore, pois a água é um recurso finito.
Dicas para economizar água:
– Evitar banhos demorados;
– Desligar o chuveiro na hora de ensaboar, passar o xampu e o condicionador, religando-o somente na hora do enxágue;
– Fechar a torneira enquanto se escova os dentes;
– Ensaboar toda a louça suja para depois ligar a torneira e enxaguar os utensílios;
– Não deixar alimentos descongelando sob a água corrente;
– Corrigir vazamentos dentro de casa;
– Trocar a mangueira por vassoura na hora de lavar a calçada e a rua;
– Esperar juntar uma boa quantidade de roupa para ligar a máquina;
– Reutilizar a água da máquina de lavar roupa para limpar o quintal ou lavar o carro;
– Usar um balde e um pano para limpar o carro.
por uberlandiahoje | set 27, 2024 | Últimas Notícias |
Minas Gerais ainda se mantém em primeiro lugar no crescimento da atividade turística nacional, de acordo com dados do IBGE
O turismo em Minas Gerais segue em alta e, no mês de julho, período marcado pelas férias, o estado atingiu a maior ocupação hoteleira de 2024. A taxa de ocupação chegou a 77,82%, representando crescimento de 32,46% em relação a junho. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais (ABIH-MG). A movimentação impactou diretamente no número de postos de trabalho no setor.
GOV. MG
Minas Gerais criou quase 4 mil empregos formais na economia da criatividade em julho. Somente o turismo registrou 2.298 admissões no período, representando um aumento de 11,26% em comparação a junho. Ao todo, os setores do turismo e da cultura empregam 808.178 pessoas no estado, de acordo o Novo Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
As informações foram compiladas pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) e do Observatório do Turismo (OTM), em relatório divulgado neste mês de setembro.
“O turista que vem para Minas se sente acolhido pela terra, quer desfrutar de toda pujança cultural, da cozinha mineira, da nossa natureza, e isso se reverte em desenvolvimento econômico, emprego e renda para os mineiros”, avalia o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.
O mês das férias de julho também foi marcado positivamente pelo fluxo de 712.632 pessoas no Terminal Rodoviário de Belo Horizonte, número que representa um crescimento de 28% em relação a junho, e de 1.087.434 viajantes no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, marcando um salto de 13% em comparação ao mês anterior.
E esses não são os únicos indicadores positivos do setor turístico em julho deste ano. Os dados do MTE e da ABIH-MG vão ao encontro do Índice de Atividades Turísticas (Iatur), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em comparação a julho do ano passado, Minas subiu 10,5% no volume e na receita nominal em julho de 2024, mantendo-se no 1º lugar do ranking de crescimento nacional – posição que ocupa desde 2022.
O desempenho se mostra muito acima da média, inclusive entre os estados do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud). Com o Iatur acumulado nos últimos 12 meses na casa dos 10,5%, Minas cresce acima de Rio de Janeiro (8,5%), São Paulo (1,8%), Paraná e Santa Catarina (ambos com 7%), Espírito Santo (-6,2%) e Rio Grande Sul (-9,2%).
Cria.Forma: mais de 42 mil vagas e capacitação para todos
Na terça-feira (24/9), o Governo de Minas apresentou o Cria.Forma, o maior programa de capacitação para as áreas de turismo e cultura já lançado no estado. Realizada pela Secult-MG, a iniciativa oferece 42.986 vagas em diversos profissionalizantes, qualificando e fortalecendo a economia da criatividade em Minas. As inscrições e as aulas são gratuitas. Todos os detalhes estão no site da Secult-MG.
Do total, 30 mil vagas são ofertadas em parceria com a plataforma de educação profissionalizante Leveduca, 6.910 com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas (IF Sul de Minas), 6 mil pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) e 76 pela Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop).
As oportunidades contemplam cursos como Camareira, Atendimento acessível em Libras, Curso preparatório para recepcionista de hotel, Inglês básico para hotelaria, Marketing digital para o turismo e Formatação e comercialização de roteiros, além de curso técnico em Conservação e Restauro e oficinas sobre leis de fomento à cultura.
As parcerias com o Leveduca e o IF Sul de Minas integram o “Minas Forma, Minas Transforma”, programa estadual de qualificação em turismo.
Investimento de R$ 59 milhões em 2024
O Governo de Minas investiu mais de R$ 59 milhões no turismo este ano. Cerca de R$ 45,5 milhões foram repassados pelo Estado diretamente aos municípios através do programa ICMS Turismo. O valor, obtido com a soma de janeiro a julho de 2024, é 468,26% maior do que o mesmo período do ano passado, representando mais um recorde histórico no estado.
Os outros R$ 13,5 milhões são oriundos do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG), que contempla ações tais como divulgação turística de Minas Gerais e estruturação de produtos Turísticos. O montante é 231% superior ao mesmo período de 2023, o que demonstra o compromisso da pasta em investir em um dos segmentos da economia que mais geram emprego e renda para a população mineira.
por uberlandiahoje | set 27, 2024 | Últimas Notícias |
Empresas do Alto Paranaíba e do Triângulo Mineiro responderam por quase 40% de todo o crédito liberado pelo banco na última Safra
O Governo de Minas, por meio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), apresentou as linhas de financiamentos disponíveis para os empreendedores do agronegócio mineiro, nesta quinta-feira (26/9), em Patos de Minas, no Alto Paranaíba. Na safra 2024/2025, o banco oferta R$ 1,4 bilhão em crédito para todo o estado, um volume de recursos 15% superior ao total liberado pelo BDMG na última safra.
GOV. MG
Os financiamentos chegarão às cooperativas, produtores e empresas, incentivando o agronegócio no estado, que representa 22% do Produto Interno Bruto (PIB) mineiro, segundo a Fundação João Pinheiro (FJP). O Alto Paranaíba e o Triângulo Mineiro têm participação expressiva neste setor. Quase 40% de todo o crédito liberado pelo BDMG na safra 2023/2024 foi para empresas localizadas nessas regiões.
“Essa parceria com o BDMG vai trazer muitos benefícios para empreendedores mineiros. O agro em Minas, ano a ano, tem ampliado a participação na economia e tem ajudado na balança de pagamento do estado. O agro no meu governo é respeitado, admirado e valorizado, e não criminalizado”, disse o governador Romeu Zema.
Os financiamentos contratados pelos empreendedores do Alto Paranaíba e do Triângulo Mineiro somaram R$ 456,6 milhões e foram destinados para diversas iniciativas, como compra de máquinas e insumos, comercialização de café, armazenagem, entre outros projetos.
O presidente do BDMG, Gabriel Viégas Neto, ressaltou que o BDMG garante o suporte aos produtores mineiros. “Cada crédito se converte em mais desenvolvimento regional, emprego e renda na ponta, o que repercute em todas as regiões do estado. O banco oferece financiamento a projetos de sustentabilidade no agro, o que é fundamental neste cenário atual”, afirmou.
Novo contrato
Durante o evento, o Grupo Baú assinou contrato de captação de R$ 6 milhões em financiamentos com o BDMG. A empresa, com sede em Patos de Minas, é especializada na produção e comercialização de cafés de alta qualidade, e exporta 85% da sua produção.
O crédito será aplicado na expansão e modernização das instalações de processamento de café, com foco na ampliação da capacidade de armazenagem de 30 mil para 959 mil sacas. Com o investimento, será possível reduzir o custo do frete e ampliar o faturamento do negócio, que produz também café sustentável.
Fortalecimento do agro
O BDMG oferece linhas de crédito para armazenagem de grãos; incorporação de inovação tecnológica nas propriedades rurais; incentivo à agricultura sustentável, modernização da agricultura, entre outras iniciativas, e utiliza recursos do Plano Safra, Funcafé, LCA, além de capital próprio.
“Mantemos esse apoio por meio das linhas de crédito agrícola do BDMG para quem busca inovação na agricultura, na sustentabilidade, investimento em infraestrutura”, destacou o secretário adjunto de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Ricardo Albanez.
O setor do agro representa cerca de 40% de todos os financiamentos realizados pelo banco na última Safra, o que reforça a contribuição da instituição para o fomento do setor. Somente por meio do Plano Safra, o BDMG vai disponibilizar R$ 228 milhões em financiamentos em nove linhas de crédito destinadas a empresas e cooperativas.
Café em alta
Para apoiar a produção de café, produto em que Minas é líder nacional, o BDMG oferece três tipos de crédito: Comercialização, que permite financiar cooperativas em valor equivalente à quantidade de produto armazenado para venda futura em melhores condições de mercado; FAC, para a compra do café diretamente dos produtores rurais; e Capital de Giro.
Ao todo, serão R$ 231,7 milhões na nova safra via Funcafé. Desde o ano safra 2018/2019, o BDMG desembolsa 100% dos recursos do Funcafé destinados ao banco e, nos últimos dez anos, já são R$ 2,2 bilhões liberados nesta linha.
por uberlandiahoje | set 27, 2024 | Últimas Notícias |
Nova Lei estimula mercado e regularização das queijarias mineiras
Política Estadual Queijo Minas Legal, sancionada nesta semana , traz 12 diretrizes para o fortalecimento do setor
GOV. MG
O Queijo Artesanal de Minas acaba de ganhar mais um reforço rumo ao fortalecimento de sua produção no estado. O governador Romeu Zema sancionou, na quarta-feira (25/9), a Lei nº 24.993, que institui a Política Estadual Queijo Minas Legal – PEQML, de autoria do deputado estadual Raul Belém. O Diário Oficial desta quinta-feira (26/9) traz a publicação.
A PEQML prevê 12 objetivos para valorização dos produtos e da cultura regional, estimulando a regularização das agroindústrias, a diversificação do produto e novas oportunidades de mercado.
“Nosso governo continua trabalhando para valorizar e agregar valor aos produtos mineiros. Além de garantir a qualidade de produção, estamos dando condições para que os produtores possam aumentar sua competitividade e alcançar cada vez mais consumidores”, reforça o governador Romeu Zema.
Entre os objetivos estão promover a adoção das boas práticas agropecuárias e de fabricação, estimular a certificação, o cooperativismo e o associativismo entre os produtores da iguaria.
As ações irão beneficiar produtores como Maria Lucilha de Faria, de São Roque de Minas. A produção de queijo está na família há cinco gerações e o negócio conta com a assistência da Emater-MG.
Só neste ano, a Queijaria Pingo de Amor já foi premiada com o ouro no 3º Mundial do Queijo do Brasil 2024, em São Paulo, e dois ouros e duas pratas no prêmio Queijo Brasil, em Santa Catarina.
“Hoje só eu estou cuidando da queijaria, trabalhando com o melhor leite vindo do curral, diminuindo perdas e agregando sabor e valor”, contou.
Proteção para a continuidade do trabalho
O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes, destaca que essa é uma entrega muito importante que assegura a continuidade das ações governamentais, impedindo que essa política se torne vulnerável às mudanças e seja descontinuada.
“Nós não tínhamos, até então, uma política do Queijo Minas Artesanal tão específica. Isso vai promover principalmente a regularização de mais queijarias, com uma legislação mais simplificada e menos burocrática”, destaca.
Ele explica ainda que a lei, inclusive, vai atrair o apoio de mais parceiros e facilitar financiamentos, propiciando cada vez mais segurança alimentar no consumo desse produto, que é muito emblemático de Minas Gerais e que cresce cada dia mais.
De acordo com o secretário, a Secretaria de Agricultura, em conjunto com suas vinculadas Emater-MG, Epamig e IMA, está empenhada em desenvolver um amplo processo de treinamento para atualização e padronização das ações dos fiscais agropecuários e extensionistas rurais.
Reforço extra
A busca pela regularização sanitária de queijarias mineiras também está prevista no planejamento do Estado por meio da Ação 4403 – Plano Queijo Minas Legal.
A ação consta no Plano Plurianual de Ação Governamental – PPAG triênio 2024/2027 e é desenvolvida pela Secretaria de Agricultura em parceria com o Ministério Público de Minas Gerais e o Fundo de Defesa do Consumidor.
Patrimônio da Humanidade
Neste ano, os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal podem ser reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
O pedido de candidatura, entregue em março de 2023, está sendo analisado pela Unesco, que dará o parecer definitivo na 19ª Sessão do Comitê Intergovernamental da Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, em dezembro, no Paraguai.
Com o reconhecimento da Unesco, as regiões mineiras produtoras de queijo artesanal se tornarão pontos de atenção ainda maior do público, impulsionando o turismo em níveis nacional e internacional e garantindo o desenvolvimento econômico e sociocultural dessas regiões.
Conheça os 12 objetivos do PEQML:
• Fomentar a regularização sanitária das queijarias e a obtenção do Selo Arte, de que trata o art. 10-A da Lei Federal nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950;
• Sensibilizar os produtores quanto à importância do registro dos estabelecimentos;
• Aprimorar o processo produtivo, visando à melhoria da qualidade e da inocuidade final dos queijos;
• Promover a adoção das Boas Práticas Agropecuárias – BPAs e das Boas Práticas de Fabricação – BPFs;
• Implementar um ambiente favorável e desburocratizado ao produtor e ao empreendedor rural para a legalização dos estabelecimentos;
• Sistematizar procedimentos assistenciais, fiscalizatórios e de inspeção entre os técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) e do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA);
• Estimular a obtenção de certificação de propriedade;
• Incentivar e fortalecer o associativismo e o cooperativismo entre os produtores e os empreendedores rurais;
• Conscientizar os consumidores para a importância do consumo de queijo legalizado;
• Incentivar a abertura de novos mercados;
• Fortalecer a imagem dos queijos mineiros artesanais e valorizar os territórios em que são produzidos;
• Informar produtores e consumidores sobre o processo de Indicação Geográfica (IG).
por uberlandiahoje | set 27, 2024 | Ponto de Vista |
Ana Maria Coelho Carvalho – Bióloga – uberlândia – MG – phpanacoelhocarvalho@terra.com.br
No livro “A longa marcha dos grilos canibais”, do biólogo molecular Fernando Reinach, há uma crônica intitulada “O que dizem os moais”, baseada no artigo científico “Collapse. How societies choose to fail or succeed”.
Nessa crônica, Fernando explica que os moais são gigantescas estátuas de pedra, com até 20m de altura e em número de 900, encontradas na Ilha de Páscoa, no Pacífico. A ilha foi descoberta em 1722, a uma distância de 3500 km da costa do Chile, sendo considerado o local mais isolado do planeta. Na época da descoberta possuía vegetação rasteira e era habitada por poucos índios que se alimentavam de ratos e praticavam canibalismo. De onde, então, teriam surgido os gigantescos moais? O mistério foi solucionado por arqueólogos que conseguiram reconstruir a história da ilha, estudando as camadas de lodo acumuladas nos pântanos e as camadas de lixo deixadas pelas gerações anteriores. Concluíram que os primeiros habitantes lá chegaram por volta do ano 900, quando a ilha possuía florestas de árvores grossas, palmeiras gigantes, muitos pássaros e tartarugas marinhas. Algum tempo depois, vieram ratos de outras ilhas da Polinésia. Os habitantes passaram a utilizar as árvores para fazer canoas e pescar peixes e golfinhos. Depois, desmataram as florestas para a agricultura, o que permitiu o aumento da população, que chegou a cerca de 30 mil pessoas no ano 1200. Nessa ocasião, a população se dedicava à produção dos moais, que eram transportados por até 500 pessoas, utilizando cordas de palmeiras e rolos de troncos enormes. Com isso, as florestas desapareceram e em 1600 não havia mais árvores. Sem árvores, não havia pássaros, nem canoas, nem peixes. Fome, guerras e canibalismo reduziram a população a cerca de 2000 pessoas, isoladas no meio do Pacífico por falta de canoas. Num período de 800 anos, o homem chegou à ilha, criou uma civilização, destruiu o ambiente e quase extinguiu a si próprio. Mas os moais permaneceram, como a nos dizer que precisamos cuidar da Terra.
Vários artigos do livro também abordam a extinção de espécies. Como o que trata de acidificação dos oceanos, causada pelo aumento de gás carbônico na atmosfera. Isso pode dissolver ou dificultar a formação dos esqueletos dos animais marinhos, diminuindo a biodiversidade. Outro artigo mostra que mesmo atitudes tomadas pelo homem para proteger as espécies podem ter efeito perverso. Por exemplo, as listas de animais ameaçados de extinção podem aumentar a procura por essas espécies, como aconteceu com um pássaro da ilha de Bali. Em 1970 seu nome foi colocado na lista e seu preço aumentou rapidamente entre os colecionadores. Hoje está praticamente extinto. Em 1990, foi a vez do peixe chinês bahaba. Após o seu nome ser listado, cerca de 100 barcos passaram a dedicar-se exclusivamente à sua captura.
Assim, o autor ressalta que não há como negar que o homem tem um papel importante na extinção de espécies. Também destaca que cerca de 99,9% de todas as espécies de plantas e animais que já habitaram o planeta atualmente estão extintas. Ou seja, de mil que existiram, apenas uma está hoje entre nós. Portanto, o destino das espécies é a extinção. E não será o bicho homem que vai escapar disso. Aliás, o comportamento predatório da espécie já determinou o início do nosso processo de extinção. E, segundo Fernando Reinach, talvez o desaparecimento da raça humana permita que novos e melhores seres vivos ocupem nosso lugar no planeta.
Portanto, enquanto ainda estamos por aqui, é melhor fazermos o bem e cuidarmos do nosso planeta. Pois a Terra está isolada no espaço, assim como a longínqua ilha de Páscoa está isolada no Pacífico, com seus gigantescos moais que reinam tristemente na paisagem vulcânica, praticamente sem árvores.
por uberlandiahoje | set 27, 2024 | Ponto de Vista |
Paulo Henrique Coimbra de Oliveira Economista – RJ
21 bilhões em apostas ? Onde está a surpresa ? É o povo desesperado na expectativa de turbinar a miséria patrocinada. E de quem é a culpa ? Óbvio que do governo referendada nos 3 poderes. Dá o peixe ao invés de ensinar a pescar. E não vai mudar pelo menos na cabeça dos atuais governantes e políticos de um modo geral. A saída não saberia dizer. Talvez proibir seria uma solução. Quem tem o poder não sabe o que fazer. Falam em taxar. Os organizadores das bets apenas sorriem. Será repassado o custo aos apostadores. Não há muita saída. O Brasil é o lugar onde mais se aposta no mundo. E onde menos se trabalha. É o estímulo a se jogar.
por uberlandiahoje | set 26, 2024 | Política Nova |
Ivan Santos – Jornalista
Presidente Lula, disse recentemente, que está preocupado com os brasileiros, que como única fonte de renda para sobrevivem, o recurso do Programa Assistencial Bolsa Família (um salário mínimo) e gastam todo o dinheiro com apostas em jogos na Internet (bets).
Este é um problema de difícil solução e não será resolvido com preocupação do presidente. O Governo poderá informar às irresponsáveis que, se continuarem a apostar em bets com dinheiro doado pelo Governo, ficarão são o auxílio. Poderá dar um prazo de até seis meses para cortar o benefício em caso de persistência do beneficiário na jogatina.
Conheço um homem que passou a apostar forte em loterias de Caixa Econômica (são 10 as modalidades de apostas na Caixa). Governo que administra jogatina não tem autoridade para falar contra qualquer outra forma de aposta.
Depois de se desiludir com apostas nos jogos bancados pelo Governo, o homem passou a jogar no jogo-do-bicho, que é proibido no País, mas funciona clandestinamente em todos os Estados da Federação. Em todas as cidades há casas de apostas do jogo-do-bicho. Em algumas casas de apostas há uma pessoa que diz ter sonhado com um bicho da série dos jogos e orienta ao apostadoras para um bicho “que vai dar na cabeça”.
Não adianta fingir. O Brasil é o país da jogatina e quem vive aqui tem toda liberdade para gastar o dinheiro que recebe como quiser. Ao governo cabe administrar o orçamento público e evitar todo tipo de desperdício.
por uberlandiahoje | set 26, 2024 | Últimas Notícias |
Com a proximidade do período chuvoso, trabalho ocorre também aos sábados e com atenção especial a áreas com maior risco de alagamentos; mais de 8 mil equipamentos já foram desobstruídos desde janeiro na cidade
Araípedes Luz/Secretaria de Governo e Comunicação- PMU
A Prefeitura de Uberlândia iniciou o reforço na limpeza de bueiros e bocas de lobo da cidade. Embora o serviço integre a rotina das equipes coordenadas pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, a intensificação se faz necessária com a proximidade do período chuvoso e é parte das ações preventivas a alagamentos. Neste ano, de janeiro até esta terça-feira (24), foram desobstruídos 8.279 equipamentos, dos quais 1.409 limpezas ocorreram somente neste mês de setembro.
Com o reforço, a equipe, que já trabalhava de segunda a sexta-feira, passou a atuar aos sábados também na desobstrução dos bueiros e bocas de lobo. Nesta primeira etapa, o foco está em áreas mais sujeitas a alagamentos, como as avenidas Rondon Pacheco, João Naves de Ávila e Anselmo Alves dos Santos, além de vias do bairro Morumbi, entre outros pontos.
Para o serviço, são utilizados dois caminhões, um deles acoplado por uma caçamba basculante e o outro do tipo pipa. A retirada dos resíduos é feita de forma manual, com uso posterior de hidrojato. Em seguida, o material recolhido é descartado no caminhão com caçamba. Já os resíduos domésticos encontrados são dispostos em sacos plásticos de cor preta para recolhimento pela coleta convencional de lixo e encaminhamento adequado ao aterro sanitário.
por uberlandiahoje | set 26, 2024 | Últimas Notícias |
Os novos comandante-geral e chefe do Estado-Maior assumem as atribuições à frente de uma das corporações mais bem avaliadas do país
Cristiano Machado / Imprensa MG
Governador empossa novo comando da Polícia Militar de Minas Gerais
O governador Romeu Zema presidiu, nesta quarta-feira (25/9), em Belo Horizonte, a solenidade de transmissão e assunção dos cargos da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). Na oportunidade, o Governo de Minas apresentou o novo comandante-geral da corporação, coronel Carlos Frederico Otoni Garcia, e o novo chefe do Estado-Maior, coronel Maurício José de Oliveira.
Os militares substituem o coronel Rodrigo Piassi do Nascimento, que ocupava o comando-geral, e o coronel Marcelo Ramos de Oliveira, antes chefe do Estado-Maior. O novo comando assume essa instituição centenária, que nos últimos anos vem se consolidando como como uma das melhores polícias do Brasil pelos resultados apresentados.
O último dado divulgado é exemplo que comprova a eficiência do trabalho realizado pela corporação: a diminuição de 19,4% no número de roubos efetuados no estado em 2023, o menor número da atual série histórica de Minas, que passou a ser contabilizada em 2012.
O governador Romeu Zema elogiou o trabalho realizado pela PM em Minas e destacou o investimento que vem sendo feito pelo Estado na instituição.
“O meu compromisso de reforçar a Polícia Militar com 10 mil homens continua de pé. Na minha gestão, já fortalecemos a Polícia Militar com 4 mil viaturas novas, investimento superior a R$ 600 milhões. Estamos conduzindo a transição da comunicação analógica para a comunicação digital, o que torna a nossa operação muito mais simples e segura”, pontuou.